segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Problemas de fábrica encontrados em caniços de praia.



Quero aqui relatar três problemas, nos quais me deparei e me causaram certo susto, também mostrarei a solução desses problemas, a fim de que os colegas fiquem atentos ao comprar seus caniços.

Primeiro Problema: Resina e linha de má qualidade. Linha descascando o metálico e resina amarelando. Isso caracteriza que mesmo a empresa disponibilizando passadores e reel seat de titânio ela pecou na qualidade do acabamento.


 
 
Este caniço recebeu novos acabamentos, seguem algumas fotos e vídeos. 
 
  

Segundo problema: Encontrado no mesmo caniço foi a rachadura do cabo, devido ao anel inadequado utilizado. O anel de metal é instalado nas junções entre as partes para servir de reforço, evitando que a parte inferior se abra. O anel utilizado foi colocado com folga, deixando uma boa área livre entre o anel e o blank, na hora do arremesso quando se precisou do anel para reforço, ele não estava adequadamente instalado, causando a rachadura das fotos abaixo.


 Como primeira medida resolutiva, tomei a ação de trocar os anéis por adequados e também de melhor qualidade, os que estavam era de cobre com uma camada cromada. 


 
  


         A segunda medida tomada foi a remoção da parte rachada, a fim de que ela não prossiga e estrague todo o estágio.



Parte danificada e removida.

 
 
 
Novos anéis instalados.
 
Particularmente não gosto muito desse tipo de reforço, prefiro fazer igualmente com linha e resina.

Terceiro problema: Agora já encontrado em outro caniço da mesma marca, uma rachadura no enxerto que se manifestou na resina.

  Ao desmontar o passador para investigar o problema, detectei que na hora da realização do enxerto, a parte maciça não foi inserida completamente, causando uma folga, aparecendo na resina conforme foto anterior.
          

            A solução para este problema e lixar a área e deixa la de forma que possa receber um reforço de carbono, que também fará com que o degrau da junção entre as partes fique mais suave.
        


         A esquerda emenda lixada para receber o reforço, a direita reforço realizado aguardando o passador e acabamentos.
 
            Aqui o acabamento já feito aguardando o processo de resinagem. Sinto não ter uma foto dela já resinada, pois enviei para o cliente e esqueci de tirar a foto. Mas em breve a terei.

          Espero que fiquem atentos a esses detalhes ao comprar seus caniços. Observando o espaço entre os anéis e o blank, qualidade das linhas e resina. Possíveis sinais que possam aparecer na resina.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Distribuição se passadores - Saiba como montar ou escolher a sua vara de pesca sem erros.



É muito rotineira a pergunta. “Quantos passadores devo utilizar para montar determinada vara?” Respondo. Quantos forem necessários. Seguir uma tabela como a da Fuji ou planilha de cálculo não vai resultar em uma montagem satisfatória, cada blank tem uma ação diferenciada e as necessidades de cada um deles são únicas. As tabelas e planilhas servem apenas como um referencial, ajudando na distribuição, mas devem ser seguidas.

Alguns fatores que devemos ter em mente antes de começar a montar são:

1 – Molinete ou carretilha?
2 – Tipo de passador.
3 – Em carretilhas a linha não pode encostar no blank ao se curvar.
4 – Para molinetes a linha não pode criar ângulos exagerados.
                
Após analisar esses fatores e tê-los em mente comece a montagem.

Cole a ponteira e fixando o Reel Seat o Reel Seat (Fixador). Prenda o molinete ou carretilha no Reel Seat. Amarre a linha na ponteira. Vá montando passador a passador com distâncias crescentes e passando a linha por dentro deles, a cada passador, teste envergando o blank para o lado de uso. Assim você garante que a montagem vai sair adequada para o seu caso.

Normalmente os kits são vendidos de acordo a necessidade do blank, mas nem sempre é o correto, avalie caso a caso respeitando a particularidade do blank.





Exemplo de certo e errado na hora da curvatura do blank. 


Exemplo do ângulo formado e o atrito excessivo gerado quando montado de forma errada.







Exemplo de um mau dimensionamento.



Um dimensionamento perfeito.

Uma montagem mal dimensionada pode causar perda de desempenho além da quebra do blank por não estar sendo usado de forma gradativa, tento pontos forçados por causa dos ângulos excessivos. Caso você seja um pescador e não customizador ou curioso no assunto, observe esses fatores ao escolher sua vara de pesca antes de comprar.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Contrapeso em varas de praia. Pra que? Por quê?



Muitos querem apenas usar por ver varas muito caras utilizarem como item de fábrica ou opcional, mas não sabem o porquê do seu uso, gastam um dinheiro desnecessário colocando e adaptando contrapesos em varas que não exigem e pra piorar, viram que não ficou legal, mas o ego não deixa dar o braço a torcer. Da mesma forma pecadores querem arremessar distâncias absurdas sem nenhum tipo de lógica se esquecendo de que a maior atividade está até aos 100 metros, mas isso é assunto para outra oportunidade.
Uma explicação de fácil entendimento para o uso do contrapeso é balancear o equipamento e melhorar a alavanca. Trazendo o ponto de gravidade para perto da mão do pescador (Área de impulso), evitando que ela fique caída para frente ou para traz.



Exemplo em uma vara de pesca para ilustração

No caso das varas de praia, os fabricantes aliviam muito o peso do cabo devido a grande tecnologia do carbono, permitindo fazer um cabo de 22 mm de diâmetro com a espessura de 1 mm, aliviando o peso total da vara, mas também trazendo um problema, o ponto de gravidade dela se afasta da área de impulso.
Tomando como exemplo a Strike Air/Surf, uma vara que pesa 550Gr, se utilizarmos um molinete de 500 gr EX: Shimano Power Aero, seu ponto de gravidade se afasta tornando-a caída para frente. Caso o pescador deseje utilizar este molinete nesta vara deverá incluir contrapesos em seu Butt para compensar e trazer o ponto de gravidade para a área de impulso.
Tecnicamente falando isso muda o conforto do pescador durante o arremesso, consequentemente trazendo satisfação e um maior prazer em utilizar o equipamento.



Exemplo do Butt utilizado e os módulos de contrapeso.

Normalmente o contrapeso é modular, podendo variar a quantidade de pesos conforme a necessidade. Alguns pescadores gostam de contrapesos além do necessário, pois isso ajuda a flexionar a outra ponta com menos esforço, mas isso é a gosto de cada um, o que foge a real necessidade e sentido do seu uso.



Modelos diversos de contrapesos.

                Dicas para você que deseja equilibrar seu equipamento de maneira correta, Localize o ponto de gravidade conforme a primeira foto se estiver acima de 20 centímetros de onde o molinete está fixado, é necessário o seu uso, caso esteja mais de 20 cm abaixo é necessário usar um molinete mais leve.
                Para instalação de um contrapeso procure um profissional qualificado, pois ele irá fabricar de acordo com a necessidade real e não apenas coloca-lo.