terça-feira, 29 de setembro de 2015
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Problemas de fábrica encontrados em caniços de praia.
Quero aqui
relatar três problemas, nos quais me deparei e me causaram certo susto, também
mostrarei a solução desses problemas, a fim de que os colegas fiquem atentos ao
comprar seus caniços.
Primeiro Problema: Resina e linha de má
qualidade. Linha descascando o metálico e resina amarelando. Isso caracteriza
que mesmo a empresa disponibilizando passadores e reel seat de titânio ela
pecou na qualidade do acabamento.
Este caniço
recebeu novos acabamentos, seguem algumas fotos e vídeos.
Segundo problema: Encontrado no mesmo
caniço foi a rachadura do cabo, devido ao anel inadequado utilizado. O anel de
metal é instalado nas junções entre as partes para servir de reforço, evitando
que a parte inferior se abra. O anel utilizado foi colocado com folga, deixando
uma boa área livre entre o anel e o blank, na hora do arremesso quando se
precisou do anel para reforço, ele não estava adequadamente instalado, causando
a rachadura das fotos abaixo.
Como primeira
medida resolutiva, tomei a ação de trocar os anéis por adequados e também de
melhor qualidade, os que estavam era de cobre com uma camada cromada.
A
segunda medida tomada foi a remoção da parte rachada, a fim de que ela não
prossiga e estrague todo o estágio.
Parte
danificada e removida.
Novos anéis
instalados.
Particularmente
não gosto muito desse tipo de reforço, prefiro fazer igualmente com linha e
resina.
Terceiro problema: Agora já encontrado
em outro caniço da mesma marca, uma rachadura no enxerto que se manifestou na
resina.
Ao desmontar o
passador para investigar o problema, detectei que na hora da realização do
enxerto, a parte maciça não foi inserida completamente, causando uma folga,
aparecendo na resina conforme foto anterior.
A
solução para este problema e lixar a área e deixa la de forma que possa receber
um reforço de carbono, que também fará com que o degrau da junção entre as
partes fique mais suave.
A
esquerda emenda lixada para receber o reforço, a direita reforço realizado
aguardando o passador e acabamentos.
Aqui
o acabamento já feito aguardando o processo de resinagem. Sinto não ter uma
foto dela já resinada, pois enviei para o cliente e esqueci de tirar a foto.
Mas em breve a terei.
Espero
que fiquem atentos a esses detalhes ao comprar seus caniços. Observando o
espaço entre os anéis e o blank, qualidade das linhas e resina. Possíveis
sinais que possam aparecer na resina.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Distribuição se passadores - Saiba como montar ou escolher a sua vara de pesca sem erros.
É muito
rotineira a pergunta. “Quantos passadores devo utilizar para montar determinada
vara?” Respondo. Quantos forem necessários. Seguir uma tabela como a da Fuji ou
planilha de cálculo não vai resultar em uma montagem satisfatória, cada blank
tem uma ação diferenciada e as necessidades de cada um deles são únicas. As
tabelas e planilhas servem apenas como um referencial, ajudando na
distribuição, mas devem ser seguidas.
Alguns fatores
que devemos ter em mente antes de começar a montar são:
1 – Molinete
ou carretilha?
2 – Tipo de
passador.
3 – Em carretilhas
a linha não pode encostar no blank ao se curvar.
4 – Para molinetes
a linha não pode criar ângulos exagerados.
Após
analisar esses fatores e tê-los em mente comece a montagem.
Cole a
ponteira e fixando o Reel Seat o Reel Seat (Fixador). Prenda o molinete ou
carretilha no Reel Seat. Amarre a linha na ponteira. Vá montando passador a
passador com distâncias crescentes e passando a linha por dentro deles, a cada
passador, teste envergando o blank para o lado de uso. Assim você garante que a
montagem vai sair adequada para o seu caso.
Normalmente os
kits são vendidos de acordo a necessidade do blank, mas nem sempre é o correto,
avalie caso a caso respeitando a particularidade do blank.
Exemplo de certo e
errado na hora da curvatura do blank.
Exemplo do ângulo formado e o atrito excessivo gerado quando montado de
forma errada.
Exemplo de um mau dimensionamento.
Um dimensionamento perfeito.
Uma montagem
mal dimensionada pode causar perda de desempenho além da quebra do blank por
não estar sendo usado de forma gradativa, tento pontos forçados por causa dos
ângulos excessivos. Caso você seja um pescador e não customizador ou curioso no
assunto, observe esses fatores ao escolher sua vara de pesca antes de comprar.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Contrapeso em varas de praia. Pra que? Por quê?
Muitos querem
apenas usar por ver varas muito caras utilizarem como item de fábrica ou
opcional, mas não sabem o porquê do seu uso, gastam um dinheiro desnecessário
colocando e adaptando contrapesos em varas que não exigem e pra piorar, viram
que não ficou legal, mas o ego não deixa dar o braço a torcer. Da mesma forma
pecadores querem arremessar distâncias absurdas sem nenhum tipo de lógica se esquecendo
de que a maior atividade está até aos 100 metros, mas isso é assunto para outra
oportunidade.
Uma explicação
de fácil entendimento para o uso do contrapeso é balancear o equipamento e
melhorar a alavanca. Trazendo o ponto de gravidade para perto da mão do
pescador (Área de impulso), evitando que ela fique caída para frente ou para
traz.
Exemplo
em uma vara de pesca para ilustração
No caso das
varas de praia, os fabricantes aliviam muito o peso do cabo devido a grande
tecnologia do carbono, permitindo fazer um cabo de 22 mm de diâmetro com a espessura
de 1 mm, aliviando o peso total da vara, mas também trazendo um problema, o
ponto de gravidade dela se afasta da área de impulso.
Tomando como
exemplo a Strike Air/Surf, uma vara que pesa 550Gr, se utilizarmos um molinete
de 500 gr EX: Shimano Power Aero, seu ponto de gravidade se afasta tornando-a
caída para frente. Caso o pescador deseje utilizar este molinete nesta vara deverá
incluir contrapesos em seu Butt para compensar e trazer o ponto de gravidade
para a área de impulso.
Tecnicamente
falando isso muda o conforto do pescador durante o arremesso, consequentemente
trazendo satisfação e um maior prazer em utilizar o equipamento.
Exemplo do Butt
utilizado e os módulos de contrapeso.
Normalmente o
contrapeso é modular, podendo variar a quantidade de pesos conforme a
necessidade. Alguns pescadores gostam de contrapesos além do necessário, pois
isso ajuda a flexionar a outra ponta com menos esforço, mas isso é a gosto de
cada um, o que foge a real necessidade e sentido do seu uso.
Modelos diversos de
contrapesos.
Dicas
para você que deseja equilibrar seu equipamento de maneira correta, Localize o
ponto de gravidade conforme a primeira foto se estiver acima de 20 centímetros
de onde o molinete está fixado, é necessário o seu uso, caso esteja mais de 20
cm abaixo é necessário usar um molinete mais leve.
Para
instalação de um contrapeso procure um profissional qualificado, pois ele irá
fabricar de acordo com a necessidade real e não apenas coloca-lo.
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